Não, não, não. Esse é um erro de proporções quase trágicas, involuntariamente perpertuado pelo infeliz sistema do Twitter. Se você tentar seguir as regras to Twitter, vai se perder rapidamente. Logo de cara eles pedem para você brincar respondendo à pergunta “O que você está fazendo?” Não responda a essa pergunta! Péssimo começo. Fail. O Twitter não é para você dizer “o que está fazendo”, do mesmo modo que as conversas no mundo real não são para você dizer “e aí, quais são as novidades?”, embora possam começar dessa maneira. Se você tentar falar sobre o que está fazendo (a menos que você esteja encaixotando um poodle ao mesmo tempo em que anda de pernas de pau com sua trupe de poodles malabaristas), quase sempre será chato.
E a primeira regra do Twitter é “Não seja chato!” Pior: você pode querer ser honesto. Pode dizer coisas como “comendo uma banana” ou “levando meu filho ao treino de futebol”. Lembro a você a primeira regra, citada ali em cima. Então, o que você deve digitar naquela pequena caixa? Bem, a pergunta que o Twitter realmente quer fazer é “O que você está pensando? Não, o que você está pensando de verdade?”
Ou: “O que você acha do que está pensando?” Ou: “Que tal deixar aquela voz na sua cabeça falar por um instante, hein?” Sabe aquela voz interior? Aquela que faz comentários sérios sobre coisas engraçadas, significativas, palhaças e profundas que você normalmente mantém para si mesmo e ninguém chega a conhecê-la? O Twitter é o novo lar dessa voz. É o local que essa voz frequenta. Porque essa voz precisa ter voz. Quero dizer, ela precisa de um bar.
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